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A Vertente ESG (Meio Ambiente, Social e Governaça)

por | Impacto Social, Sustentabilidade

Texto de Antônio Barroso

Afinal, o que é ESG?

Com o passar dos anos, tem aumentado a cobrança por atuações responsáveis e transparência de organizações do mercado e, consequentemente, também tem crescido o número de empresas que almejam uma boa relação com seus stakeholders, em outras palavras, seus clientes, colaboradores, fornecedores, todos os grupos de interesse que são impactados por seus serviços.

Com faixa etária cada vez mais jovem e trazendo preocupações importantes e crescentes relacionadas à sustentabilidade no mercado financeiro, os stakeholders influenciam as empresas a evoluírem para um papel muito mais amplo perante a sociedade. E é aí que entra a discussão sobre ESG, mas o que significa essa sigla?

Criada em 2005, por Kofi Annan, a sigla em inglês significa Enviroment, Social and Governance, ou em português ASG, Ambiental, Social e Governança, e vem ganhando força entre colaboradores e acionistas que cobram por ações sustentáveis em toda a cadeia de fornecimento de uma organização. Embora seja um termo relativamente novo no Brasil, a análise dos fatores ESG remete a essas três dimensões trazidas em sua sigla, que ao serem analisadas geram uma série de subitens que atualmente são considerados na busca de gerar retorno financeiro a longo prazo.

Por mais que estejamos enfrentando um período de alerta para a conscientização da urgência climática, ESG não se limita às questões ambientais. Ao encararmos sua atuação de forma bem mais ampla, o conceito traz consigo a preocupação em promover a diversidade e dar oportunidades para as minorias, ajudando assim na melhoria da sociedade. Trata-se de uma filosofia e evolução do processo de investimentos que visa otimizar a relação risco-retorno, levando em consideração mudanças profundas em um curto espaço de tempo. 

Por fim, para que isso possa se concretizar, será exigido cada vez mais do mercado nos setores econômico e financeiro, uma nova mentalidade que se alinhe com a transição climática e ofereça transparência, oportunidades justas em uma sociedade, além de condições propícias para prosperar.

Meio Ambiente, Social e Governança

Uma tendência organizacional emergente, a sustentabilidade, representa uma ação muito importante na criação de estratégias competitivas para as empresas. Sabemos que ao mesmo tempo que a atividade econômica traz grandes avanços para a sociedade humana, gera problemas ambientais como o aquecimento global e as mudanças climáticas. Uma empresa que se dedica a ESG reflete um comportamento baseado em consciência ambiental, por exemplo, preservação do meio ambiente natural e da biodiversidade, redução do impacto ecológico, redução das emissões de carbono prejudiciais, redução do uso de água e recursos esgotáveis, redução do clima e riscos regulatórios.

Dito isso, ao monitorar até que ponto as empresas assumem a responsabilidade por seu impacto, mapeia-se não apenas o impacto econômico dos negócios, mas também seu impacto ambiental e social e sua forma de fazer negócios em termos de governança e conduta empresarial em geral que apontam que as agências de classificação ESG desempenham um papel cada vez mais influente no direcionamento das empresas para um futuro sustentável.

Outro pilar fundamental do ESG envolve questões relativas aos direitos humanos. De acordo com o Growth Report ESG e Inovação da ACE Cortex (2021), uma das maiores empresas de inovação e investimentos da América Latina, são considerados fatores sociais importantes: o desenvolvimento de relacionamentos humanos dentro e fora da empresa, a capacidade de atrair e reter pessoas, bem como a garantia de desenvolvimento de talentos, resultando em colaboradores mais capacitados e satisfeitos em suas funções. Mudanças como políticas de equidade e ações afirmativas estão sendo cobradas das empresas já que paralelamente ao avanço da questão social está a inovação.

Uma pesquisa  da Getting to Equal 2019: Creating a Culture that drives innovation (Chegando à igualdade 2019: criando uma cultura que impulsiona a inovação), desenvolvida pela Accenture, empresa global de consultoria, indica que empresas com diversidade e inclusão possuem mentalidade para inovação 11 vezes maior, com colaboradores até 6 vezes mais criativos. Uma empresa que se preocupa apenas com a vertente ambiental e governamental, sem considerar a diversidade, está longe do ideal ESG e da inovação. 

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